16° capítulo

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O primeiro cuidado de Martinho logo ao sair do baile, em que viu malograda a sua tentativa de apreender Isaura, foi escrever ao senhor dela uma longa e minuciosa carta, comunicando-lhe que tinha tido a fortuna de descobrir a escrava que tanto procurava. Contava por miúdo as diligências que fizera para esse fim, até descobri-la em um baile público e encarecia o seu próprio mérito e perspicácia para esbirro, dizendo que a não ser ele, ninguém seria capaz de farejar uma escrava na pessoa de uma moça tão bonita e tão prendada.
El primer cuidado de Martinho nada más salir del baile, donde vio fracasar su intento de apresar a Isaura, fue escribir una carta larga y detallada a su amo, informándole que había tenido la suerte de encontrar a la esclava que buscaba. mucho. Relató detalladamente los pasos que había dado con ese fin, hasta que la descubrió en un baile público, y resaltó su propio mérito y perspicacia como secuaz, diciendo que si no fuera por él, nadie sería capaz de oler. una esclava en la persona de una mujer tan joven, hermosa y tan dotada.

Alterando os fatos e as circunstâncias do modo o mais atroz e calunioso, dizia-lhe em frases de taverneiro, que Miguel se estabelecera no Recife com Isaura a fim de especular com a formosura da filha, a qual, a poder de armar laços à rapaziada vadia e opulenta, tinha por fim conseguido apanhar um patinho bem gordo e fácil de depenar. Era este um pernambucano por nome Álvaro, moço duas vezes milionário, e mil vezes desmiolado, que tinha por ela uma paixão louca. Este moço, a quem ela trazia iludido e engodado ao ponto de ele querer desposá-la, caiu na tolice de levá-la a um baile, onde ele Martinho teve a fortuna de descobri-la, e a teria apreendido, e estaria ela já de marcha para o poder de seu senhor, se não fosse a oposição do tal senhor Álvaro, que apesar de ficar sabendo de que ralé era a sua heroína, teve a pouca-vergonha de protegê-la escandalosamente.
Alterando los hechos y circunstancias de la manera más atroz y calumniosa, le dijo en frases de tabernero que Miguel se había radicado en Recife con Isaura para especular sobre la belleza de su hija, quien, en el poder de vincularse con los muchachos putones y opulentos , finalmente había logrado atrapar un patito muy gordo que era fácil de desplumar. Este era un pernambucano llamado Álvaro, un joven dos veces millonario y mil veces despistado, que tenía una loca pasión por ella. Este joven, a quien ella trajo engañado y seducido hasta el punto de querer casarse con ella, cayó en la tontería de llevarla a un baile, donde Martinho tuvo la suerte de encontrarla, y la hubiera apresado, y ella estar allí ya de marchar al poder de su amo, si no fuera por la oposición de aquel señor Álvaro, quien, a pesar de saber qué chusma era su heroína, tuvo la pequeña vergüenza de protegerla escandalosamente.

Prevalecendo-se das valiosas relações, e da influência de que gozava no país em razão de sua riqueza, conseguiu impedir a sua apreensão, e tornando-se fiador dela a conservava em seu poder contra toda a razão e justiça, protestando não entregá-la senão ao seu próprio senhor. Julga que a intenção de Álvaro é tentar meios de libertá-la, a fim de fazê-la sua mulher ou sua amásia. Julgava de seu dever comunicar-lhe tudo isso para seu governo.
Aprovechando las valiosas conexiones, y la influencia de que gozaba en el país por sus riquezas, logró impedir su apoderamiento, y haciéndose fiador de él, lo mantuvo en su poder contra toda razón y justicia, protestando por no entregarlo. .sino a su propio amo. Piensa que la intención de Álvaro es tratar de encontrar la forma de liberarla, para hacerla su esposa o su amante. Pensó que era su deber comunicar todo esto a su gobierno.

Era este em suma o conteúdo da carta de Martinho, a qual seguiu para o Rio de Janeiro no mesmo paquete que levava a carta de Álvaro, fazendo proposições para a liberdade de Isaura. Leôncio, contente com a descoberta, mas cheio de ciúme e inquietação em vista das informações de Martinho, apressou-se em responder a ambos, e o mesmo paquete que trouxe a resposta insolente e insultuosa que dirigiu a Álvaro, foi portador da que se destinava a Martinho, na qual o autorizava a apreender a escrava em qualquer parte que a encontrasse, e para maior segurança remetia-lhe também procuração especial para esse fim, e mais algumas cartas de recomendação de pessoas importantes para o chefe de policia, para que o auxiliasse naquela diligência.
Este fue, en definitiva, el contenido de la carta de Martinho, que fue enviada a Río de Janeiro en el mismo vapor que llevaba la carta de Álvaro, haciendo propuestas para la libertad de Isaura. Leoncio, contento con el descubrimiento, pero lleno de celos e inquietud ante la información de Martinho, se apresuró a responder a ambos, y el mismo vapor que trajo la respuesta insolente e insultante que dirigió a Álvaro, fue el portador del destinado a Martinho. , en el cual le autorizó a apresar a la esclava dondequiera que la encontrare, y para mayor seguridad también le envió un poder especial para tal efecto, y unas cuantas cartas más de recomendación de personas importantes al jefe de policía, para que la ayuda en ese esfuerzo.

Martinho mais que depressa dirigiu-se à casa da polícia, e apresentando ao chefe todos esses papéis, requereu-lhe que mandasse entregar-lhe a escrava. O chefe em vista dos documentos de que Martinho se achava munido, entendeu que não lhe era possível denegar-lhe o que pedia, e expediu ordem por escrito, para que lhe fosse entregue a escrava em questão. e deu-lhe um oficial de justiça e dois guardas para efetuarem a diligência.
Martinho se dirigió rápidamente a la comisaría y, presentando todos estos papeles al jefe, le pidió que ordenara que le entregaran el esclavo. El cacique, en vista de los documentos que Martinho tenía en su poder, entendió que no le era posible negarle lo que pedía, y mandó por escrito que se le entregara el esclavo en cuestión. y le dio un alguacil y dos guardias para hacer la diligencia.

Foi, portanto, o Martinho, que, munido de todos os poderes, competentemente autorizado pela polícia, apresentou-se com sua escolta à porta da casa de Isaura, para arrebatar a Álvaro a cobiçada presa. — Ainda este infame! — murmurou Álvaro entre os dentes ao ver entrar o Martinho. — Era um rugido de cólera impotente, que o angustiado mancebo arrancara do íntimo da alma.
Fue, pues, Martinho, quien, armado con todos los poderes, competentemente autorizado por la policía, se presentó con su escolta en la puerta de la casa de Isaura, para arrebatarle la ansiada presa a Álvaro. "¡Sigue siendo este infame!" murmuró Álvaro entre dientes al ver entrar a Martinho. Era un rugido de rabia impotente, que el angustiado joven había sacado de lo más profundo de su alma.

— Que deseja de mim o senhor? — perguntou Álvaro em tom seco e altivo. — V. Sa. que bem me conhece, — respondeu Martinho, — já pode presumir pouco mais ou menos o motivo que aqui me traz. — Nem por sombras posso adivinhá-lo, antes me causa estranheza esse aparato policial, de que vem acompanhado.
"¿Qué quiere de mí, señor?" —preguntó Álvaro con tono seco y altivo. — V. Sá. quien me conoce bien”, respondió Martinho, “ya ​​puedes suponer un poco más o menos la razón que me trae aquí. — No puedo ni adivinarlo por las sombras, más bien ese aparato policial, con el que viene, me hace raro.

— Sua estranheza cessará, sabendo que venho reclamar uma escrava fugida, por nome Isaura, que há muito tempo foi por mim apreendida no meio de um baile, no qual se achava V. Sa. e devendo eu enviá-la a seu senhor no Rio de Janeiro, V. Sa. a isso se opôs sem motivo algum justificável, conservando-a até hoje em seu poder contra todo o direito.
—Cesará tu extrañeza, sabiendo que vengo a reclamar a una esclava fugitiva, de nombre Isaura, que fue apresada por mí hace mucho tiempo en medio de un baile, donde estabas tú. y como debo enviárselo a vuestro amo en Río de Janeiro, se opuso a ella sin razón justificable, manteniéndola en su poder hasta el día de hoy contra todo derecho.

— Alto lá, senhor Martinho! penso que não é pessoa competente para dar ou tirar direito a quem lhe parecer. O senhor bem sabe que eu sou depositário dessa escrava, e que com todo o direito e consentimento da autoridade a tenho debaixo de minha proteção. — Esse direito, se é que se pode chamar direito a uma arbitrariedade, cessou, desde que V. Sa. nada tem alegado em favor da mesma escrava. E demais, — continuou apresentando um papel, — aqui está ordem expressa e terminante do chefe de polícia, mandando que me seja entregue a dita escrava. A isto nada se pode opor legalmente.
—¡Basta, señor Martín! No creo que sea una persona competente para dar o quitar derechos a quien le parezca. Bien sabéis que yo soy el guardián de esta esclava, y que con todo el derecho y consentimiento de la autoridad la tengo bajo mi protección. — Ese derecho, si puede llamarse derecho a la arbitrariedad, ha cesado desde Su Señoría. nada se ha alegado a favor del mismo esclavo. Además, —continuó presentando un papel—, he aquí la orden expresa y final del jefe de policía, ordenando que me sea entregado el dicho esclavo. Nada puede oponerse legalmente a esto.

— Pelo que vejo, senhor Martinho, — disse Álvaro depois de examinar rapidamente o papel que Martinho lhe entregara, — ainda não desistiu de seu indigno procedimento, tornando-se por um pouco de dinheiro o vil instrumento do algoz de uma infeliz mulher? Reflita, e verá que essa infame ação só pode inspirar asco e horror a todo o mundo.
—Por lo que veo, señor Martinho —dijo Álvaro, después de examinar rápidamente el papel que Martinho le había entregado—, ¿todavía no ha renunciado a su comportamiento indigno, convirtiéndose en el vil instrumento del verdugo de una desdichada por un poco de dinero? Reflexiona y verás que esta acción infame sólo puede inspirar repugnancia y horror en el mundo entero.

Martinho achando-se acostado pela policia, julgou-se com direito de mostrar-se áspero e arrogante, e, portanto, com imperturbável sangue-frio: — Senhor Álvaro, — respondeu, — eu vim a esta casa somente com o fim de exigir em nome da autoridade a entrega de uma escrava fugida, que aqui se acha acoutada, e não para ouvir repreensões, que o senhor não tem direito de dar-me. Trate de fazer o que a lei ordena e a prudência aconselha, se não quer que use de meu direito...
Martinho, al verse marginado por la policía, pensó que tenía derecho a ser rudo y arrogante, y por lo tanto con sangre fría y serena: "Señor Álvaro", respondió, "vine a esta casa solo para exigir en nombre de la autoridad la entrega de un esclavo fugitivo, que está confinado aquí, y no escuchar los reproches, que el amo no tiene derecho a darme. Trate de hacer lo que manda la ley y aconseja la prudencia, si no quiere que haga uso de mi derecho...

— Qual direito?!... — De varejar esta casa e levar à força a escrava. — Retira-te, miserável esbirro! — bradou Álvaro com força, não podendo mais sopear a cólera. — Desaparece de minha presença, se não queres pagar caro o teu atrevimento!... — Senhor Álvaro!... veja o que faz!
—¡¿Qué derecho?!... —De destrozar esta casa y llevarse al esclavo a la fuerza. "¡Fuera, miserable secuaz!" gritó Álvaro con fuerza, incapaz de contener más su ira. "¡Fuera de mi vista, si no quieres pagar caro tu atrevimiento!"

O Dr. Geraldo, não achando muita razão em seu amigo, por prudência até ali se tinha conservado silencioso, mas vendo que a cólera e imprudência de Álvaro ia excedendo os limites, julgou de seu dever intervir na questão, e aproximando-se de Álvaro, e puxando-lhe o braço:
el medico Geraldo, al no encontrar mucha razón en su amigo, por prudencia hasta entonces se había quedado callado, pero al ver que la ira y la imprudencia de Álvaro sobrepasaban los límites, consideró su deber intervenir en el asunto, y acercándose a Álvaro, y tirando de su brazo. :

— Que fazes, Álvaro? — disse-lhe em voz baixa. — Não vês que com esses arrebatamentos não consegues senão comprometer-te, e agravar a sorte de Isaura? mais prudência, meu amigo. — Mas... que devo eu fazer?... não me dirás? — Entregá-la. — Isso nunca!... — replicou Álvaro terminantemente. Conservaram-se todos silenciosos por alguns momentos. Álvaro parecia refletir. — Ocorre-me um expediente, — disse ele ao ouvido de Geraldo, — vou tentá-lo. E sem esperar resposta aproximou-se de Martinho.
— ¿Qué haces, Álvaro? Le dije en voz baja. "¿No ves que con estos arrebatos solo puedes comprometerte y agravar el destino de Isaura?" más prudencia, amigo. "Pero... ¿qué debo hacer?... ¿no me lo dirás?" — Entrégalo. "¡Eso nunca!..." respondió Álvaro definitivamente. Todos se quedaron en silencio por unos momentos. Álvaro pareció reflexionar. "Se me ocurre un recurso", dijo al oído de Geraldo, "lo intentaré". Y sin esperar respuesta, se acercó a Martinho.

— Senhor Martinho, — disse-lhe ele, — desejo dizer-lhe duas palavras em particular, com permissão aqui do doutor. — Estou às suas ordens, - replicou Martinho. — Estou persuadido, senhor Martinho, — disse-lhe Álvaro em voz baixa, tomando-o de parte, — que a gratificação de cinco contos é o motivo principal que o leva a proceder desta maneira contra uma infeliz mulher, que nunca o ofendeu. Está em seu direito, eu reconheço, e a soma não é para desprezar. Mas se quiser desistir completamente desse negócio, e deixar em paz essa escrava, dou-lhe o dobro dessa quantia. — O dobro!... dez contos de réis! exclamou Martinho arregalando os olhos. — Justamente; dez contos de réis de hoje mesmo. — Mas, senhor Álvaro, já empenhei minha palavra para com o senhor da escrava, dei passos para esse fim, e... — Que importa!... diga que ela evadiu-se de novo, ou dê outra qualquer desculpa...
— Señor Martinho, — le dijo, — quiero decirle dos palabras en particular, con permiso aquí del médico. "Estoy a su servicio", respondió Martin. —Estoy convencido, señor Martinho —dijo Álvaro en voz baja, llevándolo aparte—, que la gratificación de cinco contos es la razón principal que lo lleva a actuar de esta manera contra una mujer infortunada, que nunca lo ha ofendido. " Está en su derecho, lo admito, y no se debe jugar con la suma. Pero si quieres dejar este negocio por completo y dejar en paz a ese esclavo, te daré el doble de esa cantidad. "¡El doble!... ¡diez contos de réis!" exclamó Martinho, abriendo mucho los ojos. -Precisamente; ten contos de réis hoy. — Pero, señor Álvaro, ya le di mi palabra al amo de la esclava, di los pasos hacia ese fin, y... .

— Como, se é tão público que ela se acha em poder de V. S.ª ?... — Ora!... isso é sua vontade, senhor Martinho; pois um homem vivo e atilado como o senhor embaraça-se com tão pouca coisa!... — Vá, feito — disse Martinho depois de refletir um instante. – Já que V.Sª. tanto se interessa por essa escrava, não quero mais afligi-lo com semelhante negócio, que a dizer-lhe a verdade bem me repugna. Aceito a proposta. — Obrigado; é um importante serviço que vai me prestar. — Mas que volta darei eu ao negócio para sair-me bem dele? — Veja lá; sua imaginação é fácil em recursos, e há de inspirar-lhe algum meio de safar-se de dificuldades com a maior limpeza.
— ¿Cómo, si es tan público que ella se encuentra en Tu poder?... — ¡Bien!... esa es tu voluntad, Señor Martinho; ¡Porque un hombre tan vivo y astuto como tú se avergüenza de tan poco! - Desde que tu Está tan interesado en ese esclavo, que no quiero molestarlo más con tal cosa, que, a decir verdad, me da asco. Acepto la propuesta. - Gracias; Es un servicio importante que me prestarás. — ¿Pero qué retorno le daría yo al negocio por salir bien en él? - Mira alla; tu imaginación es fácil de recursos y te inspirará con alguna forma de salir de las dificultades con la máxima limpieza.

Martinho ficou por alguns momentos a roer as unhas, pensativo e com os olhos pregados no chão. Por fim levantando a cabeça e levando à testa o dedo índice: — Atinei! exclamou. — Dizer que a escrava desapareceu de novo, não é conveniente, e iria comprometer a V. Sa. que se responsabilizou por ela. Direi somente que, bem averiguado o caso, reconheci que a moça, que V.Sa. tem em seu poder, não é a escrava em questão, e está tudo acabado. — Essa não é mal achada... mas foi um negócio tão público...
Martinho se quedó unos instantes mordiéndose las uñas, pensativo y con los ojos pegados al suelo. Finalmente, alzando la cabeza y llevándose el dedo índice a la frente: — ¡Lo tengo! el exclamó. “Decir que el esclavo volvió a desaparecer no es conveniente y te comprometería. quien se hizo cargo de ella. Solo diré que, después de investigar bien el caso, reconocí que la niña, que tú tiene en su poder, no es el esclavo en cuestión, y se acabó todo. "Eso no es malo... pero fue un asunto tan público...

— Que importa!... não se lembra V.Sa. de um sinal em forma de queimadura em cima do seio esquerdo, que vem consignado no anúncio? direi, que não se achou semelhante sinal, que é muito característico, e está destruída a identidade de pessoa. Acrescentarei mais que a moça, por quem V. Sa. se interessa, vista de noite é uma coisa, e de dia é outra; que em nada se parece com a linda escrava que se acha descrita no anúncio, e que em vez de ter vinte anos mostra ter seus trinta e muitos para quarenta, e que toda aquela mocidade e formosura era efeito dos arrebiques, e da luz vacilante dos lustres e candelabros.
— ¡Qué importa!... ¿No te acuerdas? una señal en forma de quemadura en la parte superior del seno izquierdo, que se menciona en el anuncio? Diré que no se encontró tal señal, que es muy característica, y se destruye la identidad de una persona. Agregaré más que la niña, para quien V. Sa. si te interesa, una cosa es verlo de noche y otra de día; que no se parece en nada a la hermosa esclava que se describe en el anuncio, y que en lugar de tener veinte años parece estar cerca de los treinta, y que toda esa juventud y belleza fue el efecto de los volantes, y la luz vacilante de la candelabros y candelabros.

— O senhor é bem engenhoso. — observou Álvaro sorrindo-se; — mas os que a viram nenhum crédito darão a tudo isso. Resta, porém, ainda uma dificuldade, senhor Martinho; é a confissão que ela fez em público!... isto há de ser custoso de embaraçar-se. — Qual custoso!... alega-se que ela é sujeita a acessos de histerismo, e é sujeita a alucinações. — Bravo, senhor Martinho; confio absolutamente em sua perícia e habilidade. E depois?
“Eres bastante ingenioso. - observó Álvaro sonriendo; —pero los que la vieron no darán crédito a todo eso. Queda, sin embargo, una dificultad, señor Martinho; ¡es la confesión que hizo en público!... esto debe ser difícil de avergonzar. — ¡Qué costosa!... se alega que está sujeta a la histeria, y está sujeta a las alucinaciones. — Bravo, señor Martinho; Tengo absoluta confianza en su experiencia y habilidad. ¿Y después?

— E depois comunico tudo isso ao chefe de policia, declaro-lhe que nada mais tenho com esse negócio, passo a procuração a qualquer meirinho, ou capitãodo-mato, que se queira encarregar dessa diligência, e em ato contínuo escrevo ao senhor da escrava comunicando-lhe o meu engano, com o que ele por certo desistirá de procurá-la mais por aqui, e levará a outras partes as suas pesquisas. Que tal acha o meu plano?...
— Y luego le comunico todo esto al jefe de policía, declaro que ya no tengo nada que ver con este asunto, entrego el poder a cualquier alguacil, o capitán de la selva, que quiera hacerse cargo de este asunto. diligencia, e inmediatamente le escribo al dueño de esclavos informándole de mi error, con lo cual ciertamente dejará de buscarte aquí, y llevará sus investigaciones a otra parte. ¿Qué te parece mi plan?...

— Admirável, e cumpre não perdermos tempo, senhor Martinho. — Vou já neste andar, e em menos de duas horas estou aqui de volta, a dar parte do desempenho de minha comissão. — Aqui não, que não poderei demorar-me muito. Espero-o em minha casa, e lá receberá a soma convencionada. — Podem-se retirar, — disse Martinho ao oficial de justiça e aos guardas, que se achavam postados do lado de fora da porta. – Sua presença não é mais necessária aqui. Não há dúvida! — continuou ele consigo mesmo: — isto vai a dobrar como no lansquenê. Esta escrava é uma mina, que me parece não estar ainda esgotada. "Bewundernswert und es ist nötig, dass wir keine Zeit verlieiren, Herr Martinho."
— Admirable, y no debemos perder el tiempo, señor Martinho. — Enseguida estaré en este piso, y en menos de dos horas estaré de nuevo aquí, dando parte del cumplimiento de mi encargo. — Aquí no, porque no podré quedarme mucho tiempo. Te espero en mi casa y allí recibirás la cantidad acordada. "Pueden irse", dijo Martinho al alguacil ya los guardias, que estaban apostados fuera de la puerta. “Tu presencia ya no es necesaria aquí. ¡No hay duda! — continuó para sí: — esto se va a doblar como en el lansquene. Este esclavo es una mina, que me parece que aún no se ha agotado. "Bewundernswert und es ist nötig, dass wir keine Zeit verlieiren, Herr Martinho".

E retirou-se, esfregando as mãos de contentamento. — Então, que arranjo fizeste com o homem, meu Álvaro? — perguntou Geraldo, apenas Martinho voltou as costas. — Excelente, — respondeu Álvaro; — a minha lembrança surtiu o desejado efeito, e ainda mais do que eu esperava. Álvaro em poucas palavras deu conta ao seu amigo do mercado que fizera com o Martinho.
Y se retiró, frotándose las manos con alegría. — Entonces, ¿qué arreglo hiciste con el hombre, mi Álvaro? preguntó Geraldo, sólo Martinho le dio la espalda. "Excelente", respondió Álvaro; —mi memoria tuvo el efecto deseado, e incluso más de lo que esperaba. Álvaro, en pocas palabras, le contó a su amigo sobre el mercado que había hecho con Martinho.

— Que caráter desprezível e abjeto o deste Martinho! — exclamou Geraldo. — De um tal instrumento não se pode esperar obra que preste. E julgas ter conseguido muita coisa, Álvaro, com o passo que acabas de dar?... — Não muito, porém alguma coisa sempre posso conseguir. Pelo menos consigo deter o golpe por algum tempo, e como diz lá o rifão popular, meu Geraldo, enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.
— ¡Qué carácter despreciable y abyecto tiene este Martín! exclamó Gerardo. — De tal instrumento no se puede esperar hacer un trabajo que valga la pena. ¿Y tú crees que has logrado mucho, Álvaro, con el paso que acabas de dar?... —No mucho, pero siempre puedo lograr algo. Al menos logro parar un rato el golpe, y como dice el dicho popular, mi Geraldo, mientras el palo va y viene, mi espalda está relajada.

Enquanto Leôncio, persuadido que a sua escrava não se acha aqui no Recife, a procura por todo esse mundo, ela fica aqui tranqüilamente à minha sombra, livre das perseguições e dos maus-tratos de um bárbaro senhor; e eu terei tempo para ativar os meios de arranjar provas e documentos que justifiquem o seu direito à liberdade. É quanto me basta por agora; quanto ao resto, já que pareces julgar a minha causa irremissivelmente perdida, a justiça divina me inspirará o modo por que devo proceder.
Mientras Leoncio, persuadido de que su esclava no se encuentra aquí en Recife, la busca por todo el mundo, ella se queda aquí en paz a mi sombra, libre de las persecuciones y maltratos de un amo bárbaro; y tendré tiempo de activar los medios de obtención de pruebas y documentos que justifiquen su derecho a la libertad. Eso es suficiente para mí por ahora; por lo demás, ya que pareces tener mi causa irrevocablemente perdida, la justicia divina me inspirará cómo proceder.

— Como te enganas, meu pobre Álvaro!... cuidas que arredando o Martinho ficas por enquanto livre de perseguições e pesquisas contra a tua protegida? que cegueira!... não faltarão malsins igualmente esganados por dinheiro, que pelos cinco contos de réis, que para estes miseráveis é uma soma fabulosa, se ponham à cata de tão preciosa presa. Agora principalmente, que o Martinho deu o alarma, e que esse negócio tem atingido a um certo grau de celebridade, em vez de um, aparecerão cem Martinhos no encalço da bela fugitiva, e não terão mais que fazer senão seguir a trilha batida pelo primeiro.
"¡Qué equivocado estás, mi pobre Álvaro!... ¿Crees que encerrando a Martinho estarás libre por ahora de persecuciones e investigaciones contra tu protegida?" ¡qué ceguera!... no faltarán malsins igualmente hambrientos de dinero, que por los cinco contos de réis, que para este miserable es una suma fabulosa, irían en busca de tan preciada presa. Ahora, sobre todo, que Martinho ha dado la voz de alarma, y ​​que el negocio ha alcanzado cierto grado de celebridad, en vez de uno solo, aparecerán cien Martinhos persiguiendo a la bella fugitiva, y no les quedará más que seguir la pista. derrotado por el primero.

— És muito meticuloso, Geraldo, e encaras as coisas sempre pelo lado pior. É bem provável que peguem as patranhas inventadas pelo Martinho, e que ninguém mais se lembre de descobrir a cativa Isaura nessa moça, por quem me interesso, e embora mil malsins a procurem por todos os cantos do mundo, pouco me importará. Sempre obtenho uma dilação, que poderá me ser muito vantajosa.
— Eres muy meticuloso, Geraldo, y siempre miras las cosas desde el peor lado. Es muy probable que capten los trucos inventados por Martinho, y que nadie más se acuerde de descubrir a la cautiva Isaura en esta muchacha, que me interesa, y aunque mil malsins la buscan por todos los rincones del mundo, no me importará. Siempre tengo un retraso, lo que puede ser muy ventajoso para mí.

— Pois bem, Álvaro; vamos que assim aconteça; mas tu não vês que semelhante procedimento não é digno de ti?... que assim incorres realmente nos epítetos afrontosos, com que obsequiou-te o tal Leôncio, e que te tomas verdadeiramente um sedutor e acoutador de escravos alheios?...
— Pues bien, Álvaro; déjalo ser; pero ¿no ves que tal proceder no es digno de ti?... que de esta manera incurres realmente en los epítetos insultantes, con que Leoncio te favoreció, y que verdaderamente te conviertes en seductor y acosador de esclavos ajenos ?...

— Desculpa-me, meu caro Geraldo; não posso aceitar a tua reprimenda. — Ela só pode ter aplicação aos casos vulgares, e não às circunstâncias especialíssimas em que eu e Isaura nos achamos colocados. Eu não dou couto, nem capeio a uma escrava: protejo um anjo, e amparo uma vítima inocente contra a sanha de um algoz. Os motivos que me impelem, e as qualidades da pessoa por quem dou estes passos, nobilitam o meu procedimento, e são bastantes para justificar-me aos olhos de minha consciência.
— Disculpe, mi querido Geraldo; No puedo aceptar tu reprimenda. — Sólo puede aplicarse a casos ordinarios, y no a las circunstancias muy especiales en las que nos encontramos Isaura y yo. No doy couto, ni capa a un esclavo: protejo a un ángel, y sostengo a una víctima inocente contra la ira de un verdugo. Los motivos que me impulsan y las cualidades de la persona por quien doy estos pasos, ennoblecen mi proceder, y bastan para justificarme ante los ojos de mi conciencia.

— Pois bem, Álvaro; faze o que quiseres; não sei que mais possa dizer-te para demover-te de um procedimento, que julgo não só imprudente, como, a falar-te com sinceridade, ridículo, e indigno da tua pessoa.
— Pues bien, Álvaro; Haz lo que quieras; No sé qué más puedo decirle para disuadirlo de un procedimiento que considero no sólo imprudente, sino, francamente, ridículo e indigno de usted.

Geraldo não podia dissimular o descontentamento que lhe causava aquela cega paixão, que levava o seu amigo a atos que qualificava de burlesco desatino, e loucura inqualificável. Por isso, longe de auxiliá-lo com seus conselhos, e indicar-lhe os meios de promover a libertação de Isaura, procurava com todo o empenho demovê-lo daquele propósito, pintando o negócio ainda mais difícil do que realmente o era. De bom grado, se lhe fosse possível, teria entregado Isaura a seu senhor somente para livrar Álvaro daquela terrível tentação, que o ia precipitando na senda das mais ridículas extravagâncias.
Geraldo no pudo ocultar el descontento que le producía aquella pasión ciega, que llevó a su amigo a actos que calificó de disparates burlescos y locuras indecibles. Por eso, lejos de ayudarlo con sus consejos, e indicarle los medios para promover la liberación de Isaura, trató con todas sus fuerzas de disuadirlo de ese propósito, pintando el asunto aún más difícil de lo que realmente era. De buena gana, si hubiera sido posible, hubiera entregado a Isaura a su amo sólo para librar a Álvaro de aquella terrible tentación, que lo precipitaba por el camino de las más ridículas extravagancias.



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