— Olha como arranjas isso, Rosa; esta rapariga é mesmo uma estouvada; não tem jeito para nada. Bem mostras que não nasceste para a sala; o teu lugar é na cozinha. — Ora vejam lá a figura de quem quer me dar regras!... quem te chamou aqui, intrometido? O teu lugar também não é aqui, é lá na estrebaria. Vai lá governar os teus cavalos, André, e não te intrometas no que não te importa.
— A ver cómo arreglas eso, Rosa; esta chica es realmente imprudente; no hay manera de nada. Pues demuestras que no naciste para la habitación; tu lugar está en la cocina. — ¡Pues mira la figura de alguien que me quiere dar reglas!... ¿quién te llamó aquí, interfiriendo? Tu lugar tampoco está aquí, está allá en el establo. Ve allí y maneja tus caballos, André, y no te metas en lo que no te importa.
— Cala-te dai, toleirona; — replicou André mudando de lugar algumas cadeiras. — O que sabes é só tagarelar. Não é aqui o lugar destas cadeiras... Olha como estão estes jarros!... ainda nem alimpaste os espelhos!... forte desajeitada e preguiçosa que és!... No tempo de Isaura andava tudo isto aqui que era um mimo; fazia gosto entrar-se nesta sala. Agora, é isto. Está claro que não és para estas coisas.
— Cállate, tonto; respondió André, moviendo algunas sillas alrededor. — Lo que sabes es solo charla. Este no es lugar para estas sillas... ¡Mira cómo están estos jarrones!... ¡Aún no has limpiado los espejos!... ¡Torpe y holgazán cabrón que eres!... En tiempos de Isaura, todo esto estuvo por aquí lo cual fue una delicia; Fue un placer entrar en esta sala. Ahora, esto es todo. Está claro que no te gustan estas cosas.
— Essa agora é bem lembrada! — retorquiu Rosa, altamente despeitada. Se tens saudades do tempo de Isaura, vai lá tirá-la do quarto escuro do tronco, onde ela está morando. Esse decerto ela não há de ter gosto para enfeitá-lo de flores. — Cala a boca, Rosa; olha que tu também lá podes ir parar. — Eu não, que não sou fujona. — Por que não achas quem te carregue, se não fugirias até com o diabo. Coitada da Isaura! uma rapariga tão boa e tão mimosa, tratada como uma negra da cozinha! e não tens pena dela, Rosa? — Pena por que, agora?... quem mandou ela fazer das suas? — Pois olha, Rosa, eu estava pronto a agüentar a metade do castigo que ela está sofrendo, mas na companhia dela, está entendido.
"¡Ese es bien recordado ahora!" Rose replicó, muy rencorosa. Si pierdes el tiempo de Isaura, ve y sácala del cuarto oscuro en el baúl, donde está viviendo. Que seguro que no tendrá el gusto de decorarlo con flores. “Cállate, Rose; Mira, tú también puedes ir allí. — Yo no, no soy un fugitivo. — ¿Por qué no buscas a alguien que te lleve, si ni siquiera te escaparías con el diablo? ¡Pobre Isaura! ¡Qué niña tan buena y cariñosa, tratada como una negra en la cocina! ¿Y no sientes pena por ella, Rosa? —Lástima ¿por qué, ahora?... ¿quién le dijo que hiciera lo suyo? — Pues mira, Rosa, yo estaba dispuesta a aguantar la mitad del castigo que ella está sufriendo, pero en su compañía, eso se entiende.
— Isso pouco custa, André; é fazer o que ela fez. Vai, como ela, tomar ares em Pernambuco, que infalivelmente vais para a companhia de Isaura. — Quem dera!... se soubesse que me prendiam com ela, isso é que era um fugir. Mas o diabo é que a pobre Isaura agora vai deixar a nós todos para sempre. Que falta não vai fazer nesta casa!... — Deixar como? — Você verá. — Foi vendida?... — Qual vendida! — Alheada? — Nem isso — Está forra?...
'Eso cuesta poco, André; es hacer lo que ella hizo. Ve, como ella, a tomar un poco de aire en Pernambuco, que infaliblemente irás a la compañía de Isaura. —¡Ojalá!... si hubiera sabido que me arrestaban con ella, eso sería huir. Pero diablos es que la pobre Isaura ahora nos va a dejar a todos para siempre. ¡Qué no faltará en esta casa!... —¿Dejarlo cómo? - Tú verás. — ¿Se vendió?... — ¡Qué se vendió! "¿Inadvertido? — Ni eso — ¿Estás libre?...
— Que abelhuda!... Espera, Rosa; tem paciência um pouco, que hoje mesmo talvez você venha a saber tudo. — Ora ponha-se com mistérios... então o que você sabe os outros não podem saber?... — Não é mistério, Rosa; é desconfiança minha. Aqui em casa não tarda a haver novidade grossa; vai escutando. — Ah! ah! — respondeu Rosa galhofando. — Você mesmo está com cara de novidade. — Psiu!... bico calado, Rosa!... ai vem nhonhô.
— ¡Qué entrometida!... Espera, Rosa; Ten un poco de paciencia, que hoy quizás llegues a saberlo todo. — Bueno, no te preocupes por los misterios... ¿entonces qué sabes que los demás no pueden saber?... —No es un misterio, Rosa; Es mi sospecha. Aquí en casa, no pasa mucho tiempo para que haya grandes noticias; ir escuchando. - ¡Oh! ¡ah! respondió Rose, riendo. “Te ves nuevo tú mismo. — ¡Psst!... ¡cállate la boca, Rosa!... ahí viene Minho.
Pelo diálogo acima o leitor bem vê, que nos achamos de novo na fazenda de Leôncio, no município de Campos, e na mesma sala, em que no começo desta história encontramos Isaura entoando sua canção favorita. Cerca de dois meses são decorridos depois que Leôncio fora ao Recife apreender sua escrava. Leôncio e Malvina tinham-se reconciliado, e vindos da corte tinham chegado à fazenda na véspera. Alguns escravos, entre os quais se acham Rosa e André, estão asseando o soalho, arranjando e espanando os móveis daquele rico salão, testemunha impassível dos mistérios da família, de tantas cenas ora tocantes e enlevadoras, ora vergonhosas e sinistras, e que durante a ausência de Malvina se conservara sempre fechado.
Del diálogo anterior, el lector puede ver claramente que estamos de regreso en la finca de Leôncio, en el municipio de Campos, y en la misma habitación donde, al comienzo de esta historia, encontramos a Isaura cantando su canción favorita. Pasaron cerca de dos meses después de que Leoncio fuera a Recife a apresar a su esclavo. Leoncio y Malvina se habían reconciliado, y venidos de la corte habían llegado a la hacienda el día anterior. Algunos esclavos, entre ellos Rosa y André, limpian el suelo, arreglan y desempolvan los muebles de ese rico salón, testigo impasible de los misterios de la familia, de tantas escenas, a veces conmovedoras y encantadas, a veces vergonzosas y siniestras, y que durante la La ausencia de Malvina siempre lo había mantenido cerrado.
Qual é, porém, a sorte de Isaura e de Miguel, desde que deixaram Pernambuco? que destino deu Leôncio ou pretende dar àquela?... por que maneira se reconciliou com sua mulher? Eis o que passamos a explicar ao leitor, antes de prosseguirmos nesta narrativa.
¿Cuál es el destino de Isaura y Miguel, sin embargo, desde que salieron de Pernambuco? ¿Qué destino le ha dado o piensa dar Leoncio a aquél?... ¿Cómo se reconcilió con su mujer? Esto es lo que comenzamos a explicar al lector, antes de continuar con esta narración.
Leôncio, tendo trazido Isaura para sua fazenda, a conservara na mais completa e rigorosa reclusão. Não era isto só com o fim de castigá-la ou de cevar sua feroz vingança sobre a infeliz cativa. Sabia quanto era ardente e capaz de extremos o amor que o jovem pernambucano concebera por Isaura; tinha ouvido as últimas palavras que Álvaro lhe dirigia — confia em Deus, e em meu amor; eu não te abandonarei.
Leoncio, habiendo llevado a Isaura a su hacienda, la había mantenido en la más completa y rigurosa reclusión. Esto no fue solo con el propósito de castigarla o promulgar su feroz venganza contra el desafortunado cautivo. Sabía cuán ardiente y capaz de extremos era el amor que el joven pernambucano había concebido por Isaura; había escuchado las últimas palabras que le dirigió Álvaro — confianza en Dios, y en mi amor; No te abandonaré.
— Era uma ameaça, e Álvaro, rico e audacioso como era, dispunha de grandes meios para pô-la em execução, quer por alguma violência, quer por meio de astúcias e insídias. Leôncio, portanto, não só encarcerava com todo o rigor a sua escrava, como também armou todos os seus escravos, que daí em diante distraídos quase completamente dos trabalhos da lavoura, viviam em alerta dia e noite como soldados de guarnição a uma fortaleza.
Das war eine Drohung und Álvaro, reich und kühn wie er war, verfügte über große Mittel sie durchzusetzen, sei es durch Gewalt, sei es durch Listt und Tücke. Leôncio hielt seine Sklavin als nicht nur in strengster Haft, sondern hatte auch seine Sklaven bewaffnet, die von da an von der Arbeit auf den Feldern dispensiert waren und von da an Tag und Nacht in Alarmbereitschaft waren wie die Soldaten einer Garnison oder einer Festung.
>Mas a alma ardente e feroz do jovem fazendeiro não desistia nunca de seu louco amor, e nem perdia a esperança de vencer a isenção de Isaura. E já não era só o amor ou a sensualidade que o arrastava; era um capricho tirânico, um desejo feroz e satânico de vingar-se dela e do rival preferido. Queria gozá-la, fosse embora por um só dia, e depois de profanada e poluída, entregá-la desdenhosamente ao seu antagonista, dizendo-lhe: — Venha comprar a sua amante; agora estou disposto a vendê-la, e barato.
Pero el alma ardiente y feroz del joven campesino nunca desistió de su loco amor, ni perdió la esperanza de ganar la exención de Isaura. Y ya no era sólo el amor o la sensualidad lo que lo impulsaba; era un capricho tiránico, un deseo feroz y satánico de vengarse de ella y de su rival preferido. Quiso gozarla, marcharse un solo día, y después de haber sido profanada y mancillada, la entregó desdeñosamente a su antagonista, diciendo: — Ven y compra a tu señora; ahora estoy dispuesto a venderlo, y barato.
Encetou pois contra ela nova campanha de promessas, seduções e protestos, seguidos de ameaças, rigores e tiranias. Leôncio só recuou diante da tortura e da violência brutal, não porque lhe faltasse ferocidade para tanto, mas porque conhecendo a têmpera heróica da virtude de Isaura, compreendeu que com tais meios só conseguiria matá-la, e a morte de Isaura não satisfazia o seu sensualismo, e nem tampouco a sua vingança. Portanto tratou de meditar novos planos, não só para recalcar debaixo dos pés o que ele chamava o orgulho da escrava, como de frustrar e escarnecer completamente as vistas generosas de Álvaro, tomando assim de ambos a mais cabal vingança.
Por lo tanto, lanzó una nueva campaña de promesas, seducciones y protestas contra ella, seguida de amenazas, rigores y tiranías. Leôncio sólo retrocedió ante la tortura y la violencia brutal, no porque le faltara la ferocidad para hacerlo, sino porque, conociendo el temperamento heroico de la virtud de Isaura, comprendió que con tales medios sólo lograría matarla, y la muerte de Isaura no satisfizo su deseo, sensualismo, ni su venganza. Así que trató de meditar en nuevos planes, no sólo para reprimir bajo sus pies lo que él llamaba el orgullo del esclavo, sino también para frustrar y burlarse por completo de las generosas opiniones de Álvaro, vengándose así de ambos de la manera más completa.
Além de tudo, Leôncio via-se na absoluta necessidade de reconciliar-se com Malvina, não que o pundonor, a moral, e muito menos a afeição conjugal a isso o induzissem, mas por motivos de interesse, que em breve o leitor ficará sabendo. Com esse fim pois, Leôncio foi à corte e procurou Malvina.
Sobre todo, Leoncio se vio en la absoluta necesidad de reconciliarse con Malvina, no porque el orgullo, la moral y menos el afecto conyugal lo indujeran a ello, sino por razones de interés, que el lector pronto conocerá. Con ese fin, entonces, Leoncio acudió a los tribunales y buscó a Malvina.
Além de todas as más qualidades que possuía, a mentira, a calúnia, o embuste eram armas que manejava com a habilidade do mais refinado hipócrita. Mostrou-se envergonhado e arrependido do modo por que a havia tratado, e jurou apagar com o seu futuro comportamento até a lembrança de seus passados desvarios. Confessou, com uma sinceridade e candura de anjo, que por algum tempo se deixara enlevar pelos atrativos de Isaura, mas que isso não passara de passageiro desvario, que nenhuma impressão lhe deixara na alma.
Además de todas las malas cualidades que poseía, la mentira, la calumnia, el engaño eran armas que manejaba con la destreza del más refinado hipócrita. Estaba avergonzado y arrepentido de la forma en que la había tratado, y juró con su comportamiento futuro borrar incluso el recuerdo de sus desvaríos pasados. Confesó, con la sinceridad y el candor de un ángel, que desde hacía tiempo se había dejado llevar por los atractivos de Isaura, pero que no había sido más que una locura pasajera, que no había dejado huella en su alma.
Além disso assacou mil aleives e calúnias por conta da pobre Isaura. Alegou que ela, como refinada loureira que era, empregara os mais sutis e ardilosos artifícios para seduzi-lo e provocá-lo, no intuito de obter a liberdade em troco de seus favores. Inventou mil outras coisas, e por fim fez Malvina acreditar que Isaura fugira de casa seduzida por um galã, que há muito tempo a requestava, sem que eles o soubessem; que fora este quem fornecera ao pai dela os meios de alforriá-la, e que, não o podendo conseguir, combinaram de mãos dadas e efetuaram o plano de rapto; que chegando ao Recife, um moço que tanto tinha de rico, como de extravagante e desmiolado, enamorando-se dela a tomara a seu primeiro amante; que Isaura com seus artifícios, dando-se por uma senhora livre o tinha enleado e iludido por tal forma, que o pobre moço estava a ponto de casar-se com ela, e mesmo depois de saber que era cativa não queria largá-la, e praticando mil escândalos e disparates estava disposto a tudo para alforriá-la. Fora das mãos desse moço que ele a fora tomar no Recife.
Malvina, moça ingênua e crédula, com um coração sempre propenso à ternura e ao perdão, deu pleno crédito a tudo quanto aprouve a Leôncio inventar não só para justificar suas faltas passadas, como para predispor o comportamento que dai em diante pretendia seguir.
Además, asaltó mil calumnias y calumnias a cuenta de la pobre Isaura. Alegó que ella, como la rubia refinada que era, había empleado los más sutiles y astutos artificios para seducirlo y provocarlo, con la intención de obtener la libertad a cambio de sus favores. Inventó mil cosas más, y finalmente le hizo creer a Malvina que Isaura se había escapado de casa seducida por un apuesto hombre, que la había estado solicitando durante mucho tiempo, sin que ellos lo supieran; que fue él quien le había proporcionado a su padre los medios para manumitirla, y que al no poder obtenerlos, se pusieron de acuerdo y llevaron a cabo el plan de secuestro; que, llegando a Recife, un joven tan rico como extravagante y atolondrado, enamorándose de ella, la había tomado como primera amante; que Isaura, con sus artificios, haciéndose pasar por una dama libre, lo había entrampado y engañado de tal manera que el pobre joven estuvo a punto de casarse con ella, y aun después de saber que estaba cautiva, no quiso dejarla. irse de ella, y practicando mil escándalos y tonterías, estaba dispuesto a todo para liberarla. De las manos de aquel joven había ido a tomarla en Recife. Malvina, una niña ingenua y crédula, con un corazón siempre proclive a la ternura y al perdón, daba todo el crédito a todo lo que a Leôncio le gustaba inventar, no sólo para justificar sus faltas pasadas, sino también para predisponer la conducta que pretendía seguir a partir de entonces.
Na qualidade de esposa ofendida irritara-se outrora contra Isaura, quando surpreendera seu marido dirigindo-lhe falas amorosas; mas o seu rancor ia-se amainando, e se desvaneceria de todo, se Leôncio não viesse com falsas e aleivosas informações atribuir-lhe os mais torpes procedimentos. Malvina começou a sentir por Isaura desde esse momento, não ódio, mas certo afastamento e desprezo, mesclado de compaixão, tal qual sentiria por outra qualquer escrava atrevida e mal comportada.
Como esposa ofendida, una vez se había irritado con Isaura, cuando había sorprendido a su marido haciéndole discursos amorosos; pero su resentimiento se desvanecía, y se habría desvanecido por completo, si Leoncio no se hubiera presentado con información falsa y calumniosa, atribuyéndole la conducta más vil. Malvina empezó a sentir por Isaura a partir de ese momento, no odio, sino cierta distancia y desprecio, mezclado con compasión, como sentiría por cualquier otra esclava atrevida y mal educada.
Era quanto bastava a Leôncio para associá-la ao plano de castigo e vingança, que projetava contra a desditosa escrava. Bem sabia que Malvina com a sua alma branda e compassiva jamais consentiria em castigos cruéis; o que meditava, porém, nada tinha de bárbaro na aparência, se bem que fosse o mais humilhante e doloroso flagício imposto ao coração de uma mulher, que tinha consciência de sua beleza, e da nobreza e elevação de seu espírito.
Eso bastó para que Leôncio la asociara con el plan de castigo y venganza que proyectaba contra la desdichada esclava. Sabía muy bien que Malvina, con su alma suave y compasiva, jamás consentiría en crueles castigos; lo que meditaba, sin embargo, no tenía nada de bárbaro en apariencia, aunque era el flagelo más humillante y doloroso impuesto al corazón de una mujer, que era consciente de su belleza, y de la nobleza y elevación de su espíritu.
— E o que pretendes fazer de Isaura? perguntou Malvina. — Dar-lhe um marido e carta de liberdade. — E já achaste esse marido? — Pois faltam maridos?... para achá-lo não precisei sair de casa. — Algum escravo, Leôncio?... oh!... isso não. — E que tinha isso, uma vez que eu também forrasse o marido? era cré com cré, lé com lé. Bem me lembrei do André, que bebe os ares por ela; mas por isso mesmo não a quero dar àquele maroto. —Tenho para ela peça muito melhor. — Quem, Leôncio? — Ora quem!... o Belchior. — O Belchior!... exclamou Malvina rindo-se muito. Estás caçoando; fala sério, quem é?...
— ¿Y qué piensas hacer con Isaura? preguntó Malvina. “Dale un marido y carta de libertad. "¿Y ya has encontrado a ese marido?" — Bueno, ¿faltan maridos?... No tuve que salir de casa para encontrarlo. —¿Algún esclavo, Leoncio?... ¡ay!... eso no. —¿Y qué hay de eso, ya que también engañé al marido? era creer con creer, leer con leer. Me acordé bien de André, que bebe el aire por ella; pero por eso mismo no quiero dárselo a ese bribón. "Tengo una pieza mucho mejor para ella". — ¿Quién, Leoncio? — ¡Pues quién!... Belchior. — ¡Belchior!... exclamó Malvina riendo mucho. Estás bromeando; En serio, ¿quién es?
— O Belchior, senhora; falo sério. — Mas esperas acaso, que Isaura queira casar-se com aquele monstrengo? — Se não quiser, pior para ela; não lhe dou a liberdade, e há de passar a vida enclausurada e em ferros. — Oh!... mas isso é demasiada crueldade, Leôncio. De que serve dar-lhe a liberdade em tudo, se não lhe deixas a de escolher um marido?... — Dá-lhe a liberdade, Leôncio, e deixa ela casar-se com quem quiser. — Ela não se casará com ninguém: irá voando direitinho para Pernambuco, e lá ficará muito lampeira nos braços de seu insolente taful, escarnecendo de mim... — E que te importa isso, Leôncio? — perguntou Malvina com certo ar desconfiado.
— Belchior, señora; hablo en serio. —¿Pero esperas que Isaura quiera casarse con ese monstruo? Si no lo hace, tanto peor para ella; No le daré la libertad, y pasará su vida enclaustrada y encadenada. — ¡Oh!... pero eso es demasiado cruel, Leoncio. ¿De qué te sirve darle libertad en todo si no la dejas elegir marido?... —Dale libertad, Leoncio, y que se case con quien quiera. —No se va a casar con nadie: va a volar directo a Pernambuco, y allí será muy feliz en brazos de su insolente taful, burlándose de mí... —¿Y eso qué te importa, Leôncio? preguntó Malvina con cierto aire de suspicacia.
— Que tenho!... — replicou Leôncio um pouco perturbado com a pergunta. — Ora que tenho!... é o mesmo que perguntar-me se tenho brio nas faces. Se soubesses como aquele papalvo provocou-me atirando-me insultos atrozes!... Como desafiou-me com mil bravatas e ameaças, protestando que havia de arrancar Isaura ao meu poder... —Se não fosse por tua causa, e também por satisfazer os votos de minha mãe, eu nunca daria a liberdade a essa escrava, embora nenhum serviço me prestasse, e tivesse de tratá-la como uma princesa, só para quebrar a proa e castigar a audácia e petulância desse impudente rufião. — Pois bem, Leôncio; mas eu entendo que Isaura mais facilmente se deixará queimar viva, do que casar-se com Belchior. — Não te dê isso cuidado, minha querida; havemos de catequizá-la convenientemente. Tenho cá forjado o meu plano, com o qual espero reduzi-la a casar-se com ele de muito boa vontade. — Se ela consentir, não tenho motivo para me opor a esse arranjo.
— ¡Qué tengo!... —respondió Leôncio, un poco perturbado por la pregunta. — ¡Pues yo sí!... Es lo mismo que preguntarme si tengo orgullo en las mejillas. ¡Si supieras cómo me provocó ese tonto lanzándome insultos atroces!... ¡Cómo me desafió con mil bravatas y amenazas, protestando que me arrebataría a Isaura de mi poder... —Si no fuera por ti! , y también porque Para satisfacer los deseos de mi madre, nunca le daría la libertad a esta esclava, aunque ella no me haría ningún servicio, y tuve que tratarla como una princesa, solo para romper la proa y castigar la audacia y petulancia de este rufián descarado. — Pues bien, Leoncio; pero entiendo que Isaura se dejará quemar viva más fácilmente que casarse con Belchior. “No seas tan cuidadosa, querida; lo catequizaremos debidamente. Aquí he forjado mi plan, mediante el cual espero reducirte a casarte con él de buena gana. “Si ella da su consentimiento, no tengo motivos para oponerme a este arreglo.
Leôncio de feito havia habilmente preparado o seu plano atroz. Tendo trazido do Recife a Miguel debaixo de prisão, juntamente com Isaura, ao chegar em Campos fê-lo encerrar na cadeia, e condenar a pagar todas as despesas e prejuízos que tivera com a fuga de Isaura, as quais fizera orçar em uma soma exorbitante. Ficou, portanto, o pobre homem exausto dos últimos recursos que lhe restavam, e ainda por sobrecarga devendo uma soma enorme, que só longos anos de trabalho poderiam pagar. Como Leôncio era rico, amigo dos ministros e tinha grande influência no lugar, as autoridades locais prestaram-se de boa mente a todas estas perseguições. Depois que Leôncio, desanimado de poder vencer a obstinada relutância de Isaura, mudou o seu plano de vingança, foi ele em pessoa procurar a Miguel.
Leontius había preparado hábilmente su atroz plan. Habiendo traído a Miguel preso de Recife, junto con Isaura, al llegar a Campos lo hizo encerrar en la cárcel, y condenarlo a pagar todos los gastos y perjuicios que había incurrido con la fuga de Isaura, que había presupuestado en una suma exorbitante. Por lo tanto, el pobre hombre estaba agotado por los últimos recursos que le quedaban, y aún por sobrecarga debiendo una enorme suma, que solo largos años de trabajo podrían pagar. Como Leoncio era rico, amigo de los ministros y tenía gran influencia en el lugar, las autoridades locales se prestaron de buena gana a todas estas persecuciones. Después de que Leoncio, desalentado por poder vencer la obstinada desgana de Isaura, cambiara su plan de venganza, fue en persona a buscar a Miguel.
— Senhor Miguel, — disse-lhe em tom formalizado, — tenho comiseração do senhor e de sua filha, apesar dos incômodos e prejuízos que me têm dado, e venho propor-lhe um meio de acabarmos de uma vez para sempre com as desordens, intrigas e transtornos com que sua filha tem perturbado minha casa e o sossego de minha vida. — Estou pronto para qualquer arranjo, senhor Leôncio, — respondeu respeitosamente Miguel, — uma vez que seja justo e honesto. — Nada mais honesto, nem mais justo. Quero casar sua filha com um homem de bem, e dar-lhe a liberdade; porém para esse fim preciso muito de sua coadjuvação. — Pois diga em que lhe posso servir.
—Señor Miguel, —dije en tono formalizado—, me compadezco de usted y de su hija, a pesar de las molestias y perjuicios que me ha causado, y vengo a proponerle una forma de acabar con los desórdenes de una vez por todas. todas, intrigas y desórdenes con que vuestra hija ha perturbado mi hogar y la paz de mi vida. —Estoy dispuesto a cualquier arreglo, señor Leoncio —replicó Miguel con respeto—, siempre que sea justo y honesto. “Nada más honesto, ni más justo. Quiero casar a tu hija con un buen hombre y dejarla en libertad; sin embargo, para este propósito, necesito mucha de su ayuda. "Bueno, dime qué puedo hacer por ti".
— Sei que Isaura há de sentir alguma repugnância em casar-se com a pessoa que lhe destino, em razão de tola e extravagante paixão, que parece ainda ter por aquele infame peralvilho de Pernambuco, que meteu-lhe mil caraminholas na cabeça, e encheu-a de idéias extravagantes e loucas esperanças. — Creio que ela não deve lembrar-se desse moço senão por gratidão...
— Sé que Isaura sentirá alguna repugnancia en casarse con la persona que le está destinada, por la tonta y extravagante pasión, que parece tener todavía por aquel infame peralvilho de Pernambuco, que le puso mil caraminholas en la cabeza, y lleno -a de ideas salvajes y esperanzas salvajes. — Creo que debe recordar a este joven solo por gratitud...
— Qual gratidão!... pensa vossemecê que ele está fazendo muito caso dela?... tanto como do primeiro sapato que calçou. Aquilo foi um capricho de cabeça estonteada, uma fantasia de fidalgote endinheirado, e a prova aqui está; leia esta carta... O patife tem a sem-cerimônia de escrever-me, como se entre nós nada houvesse, assim com ares de amigo velho, participando-me que se acha casado!... que tal lhe parece esta?... que tenho eu com seu casamento!... Mas isto ainda não é tudo; aproveitando a ocasião, pede-me com todo o desfaçamento que em todo e qualquer tempo, que eu me resolva a dispor de Isaura, nunca o faça sem participarlhe, porque muito deseja tê-la para mucama de sua senhora! até onde pode chegar o cinismo e a impudência!...
— ¡Qué agradecimiento!... ¿Crees que le está prestando tanta atención?... tanto como al primer zapato que se puso. Eso fue un capricho atolondrado, la fantasía de un caballero rico, y la prueba está aquí; lee esta carta... El sinvergüenza tiene la falta de ceremonias de escribirme, como si no hubiera nada entre nosotros, así con aire de viejo amigo, informándome que se cree casado!... como te gusta ¿éste?.. ¡qué tengo que ver yo con vuestro matrimonio!... Pero eso no es todo; aprovechando la ocasión me pide con todo descaro que en cualquier momento me decida a deshacerme de Isaura, ¡nunca lo haga sin hacérselo saber, porque tiene muchas ganas de tenerla como sirvienta de su ama! ¡Hasta dónde puede llegar el cinismo y el descaro!...
— Com efeito, senhor!... isto da parte do senhor Álvaro é custoso de acreditar! — Pois capacite-se com seus próprios olhos; leia; não conhece esta letra?...
E dizendo isto Leôncio apresentou a Miguel uma carta, cuja letra imitava perfeitamente a de Álvaro.
— A letra é dele; não resta dúvida, — disse Miguel pasmado do que acabava de ler. - Há neste mundo infâmias que custa-se a compreender.
"— ¡Efectivamente, señor!... ¡eso de parte del señor Álvaro es de creer! — Para empoderarte con tus propios ojos; leer; ¿No conoces esta letra?... Y diciendo esto, Leoncio le entregó a Miguel una carta, cuya letra imitaba perfectamente la de Álvaro. “La letra es suya; no hay duda al respecto”, dijo Miguel, atónito por lo que acababa de leer. - Hay infamias en este mundo que son difíciles de entender.
— E também lições cruéis, que é preciso não desprezar, não é assim, senhor Miguel?... Pois bem; guarde essa carta para mostrar à sua filha; é bom que ela saiba de tudo para não contar mais com esse homem, e varrer do espírito as fumaças que porventura ainda lhe toldam o juízo. Faça também vossemecê o que estiver em seu possível afim de predispor sua filha para esse casamento, que é de muita vantagem, e eu não só lhe perdoarei tudo quanto me fica devendo, como lhe restituo o que já me deu, para vossemecê abrir um negócio aqui em Campos e viver tranqüilamente o resto de seus dias, em companhia de sua filha e de seu genro.
— Y también lecciones crueles, que no hay que despreciar, ¿no es así, señor Miguel?... Pues bien; guarde esta carta para mostrársela a su hija; es bueno que lo sepa todo para no poder contar más con ese hombre, y barrer de su mente los humos que tal vez todavía nublan su juicio. Tú también haz lo que puedas para preparar a tu hija para este matrimonio, que es muy ventajoso, y no solo te perdonaré todo lo que me debes, sino que también te devolveré lo que ya me diste, para que puedas abrir un negocio. aquí en Campos y vivir tranquilo el resto de sus días, en compañía de su hija y yerno.
— Mas quem é esse genro? V. S.ª me não disse ainda. — É verdade... esquecia-me. É o Belchior, o meu jardineiro; não conhece?... — Muito!... oh! senhor!... com que miserável figura quer casar minha filha!... pobre Isaura!... duvido muito que ela queira. — Que importa a figura, se tem uma boa alma, e é honesto e trabalhador?... Lá isso é verdade; o ponto é ela querer. — Estou certo que aconselhada e bem catequizada por vossemece há de se resolver. — Farei o que puder; mas tenho poucas esperanças. — E se não quiser, pior para ela e para vossemecê: o dito por não dito; fica tudo como estava, — disse terminantemente Leôncio.
"Pero, ¿quién es este yerno?" Aún no me lo has dicho. — Es verdad... lo olvidé. Es Belchior, mi jardinero; ¿no sabes?... —¡Mucho!... ¡ay! ¡Señor!... ¡con qué miserable figura quiere casarse con mi hija!... ¡pobre Isaura!... Dudo mucho que quiera. — ¿Qué importa la figura, si tiene un alma buena, y es honrado y trabajador?... Eso es verdad ahí; el caso es que ella quiere. — Seguro que asesorado y bien catequizado por usted, se resolverá. "Haré lo que pueda; pero tengo pocas esperanzas. — Y si no quiere, tanto peor para ella y para ti: lo dicho por lo no dicho; todo sigue como estaba —dijo rotundamente Leôncio.
Miguel não era homem de têmpera a lutar contra a adversidade. O cativeiro e reclusão perene de sua filha, a miséria que se lhe antolhava acompanhada de mil angústias, eram para ele fantasmas hediondos, cujo aspecto não podia encarar sem sentir mortal pavor e abatimento. Não achou muito oneroso o preço pelo qual o desumano senhor, livrando-o da miséria, concedia liberdade à sua filha, e aceitou o convênio.
Miguel no era un hombre de temperamento para luchar contra la adversidad. El cautiverio y la reclusión perennes de su hija, la miseria que le sobrevino, acompañada de mil angustias, eran para él fantasmas espantosos, cuya aparición no podía afrontar sin sentir un terror y un abatimiento mortales. No encontró muy oneroso el precio al que el inhumano señor, liberándolo de la miseria, concediendo la libertad a su hija, aceptó el pacto.